quinta-feira, 8 de março de 2012

Igreja do Rosário

E o mais antigo templo de Fortaleza datando de 1730. No local encontra-se os restos mortais de João Facundo de Castro Menezes, encontrados durante os trabalhos de arqueologia na reforma de 2002. A Igreja possui de original o altar de madeira, portas, imagens e luminárias. É propiedade da Arquidiose de Fortaleza.
Foi a matriz da cidade no período de 1821 a 1854. Antigamente se resumia a uma capela de tai
pa e palha
Localização: Rua do Rosario, 002 em frente a Praça Gal. Tibúrcio Centro.
Tombamento Estadual.
FONTE:Catálogo de Turismo de Fortaleza
Postado por:Hanah, Andreza, Alessandra, Carol, Fernanda.

História do Ceará

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Em destaque, o Estado do Ceará.

O Ceará - foi formado pela miscigenação de colonizadores europeus, indígenas catequizados e aculturados após grande resistência à colonização e negros e mulatos que viviam como trabalhadores livres ou como escravos. O povoamento do território foi e tem sido bastante influenciado pelo fenômeno natural da seca.

Com uma colonização portuguesa complexa e conturbada, marcada pela resistência dos nativos e pelas dificuldades de adaptação dos portugueses às condições particulares do território, formou-se uma sociedade rural baseada sobretudo na pecuária, assim como na agricultura, em especial nos vales úmidos e serras. A elite latifundiária, através de seu poder econômico e de complexas relações de parentesco e afilhadagem, possuía controle de quase todos os aspectos da vida social. Os "coronéis" mantinham em suas propriedades muitos dependentes que lhes prestavam serviços ou entregavam parte de sua produção em troca da posse de um lote de terra, em regime praticamente semi-feudal, além de trabalhadores assalariados. A escravidão africana, embora de menor importância, foi praticada ao longo de séculos, principalmente nas áreas onde a agricultura floresceu.

O desenvolvimento independente do Ceará começaria apenas depois de sua separação de Pernambuco em 1799, e sua história foi sempre marcada por lutas políticas e movimentos armados. Essa instabilidade prolongou-se durante o Império e a Primeira República, normalizando-se depois da reconstitucionalização do País em 1945. As secas, os conturbados fatores sociais e econômicos do Estado acarretaram eventos importantes na história desse povo, como o cangaço, os movimentos messiânicos, a emigração para à Amazônia e para outros Estados, inclusive os do Sudeste do Brasil. Historicamente um dos locais mais miseráveis do País, o Ceará tem passado por grandes transformações desde a década de 1950, progressivamente se tornando um Estado predominantemente urbano, mais industrializado e com crescente desigualdade regional e de renda.



Colonial

As terras atualmente pertencentes ao Ceará foram doadas, em 1535, a Antônio Cardoso de Barros, mas este não se interessou em colonizá-las e nem sequer chegou a visitar a capitania. Ironicamente, quando Barros decide vir à Capitania do Siará (como era conhecida a região correspondente aos seguintes lotes: Capitania do Rio Grande, Capitania do Ceará e a Capitania do Maranhão), em expedição organizada, o navio naufraga na costa de Alagoas (1556), culminando com sua morte. A primeira tentativa séria de colonização portuguesa ocorre com Pero Coelho de Sousa, que lidera a primeira bandeira feita em 1603, demonstrando por isso certo interesse de Portugal em colonizar o Ceará.

O Forte São Sebastião de Martin Soares Moreno

A missão dos bandeiristas era explorar o rio Jaguaribe, combater piratas, "fazer a paz" com os indígenas e tentar encontrar metais preciosos. Após construírem o Forte de São Tiago, às margens do Rio Ceará e verificarem a inexistência de riqueza na região, Pero Coelho passou a escravizar índios, que se revoltaram e destruíram o forte, obrigando os europeus a fugirem para as ribeiras do Rio Jaguaribe, onde construíram o Forte de São Lourenço. Devido às hostilidades dos nativos e à seca de 1605-1607, Pero Coelho viu-se obrigado a deixar o Ceará.

Diante do fracasso de Pero Coelho de conquistar as nações índigenas, em 1607 foram enviados os padres Jesuítas Francisco Pinto e Pereira Figueira com o intuíto de evangelizar os sivícolas. Estes avançaram até a Chapada da Ibiapaba, onde ficaram até a morte do padre Francisco Pinto em outubro do mesmo ano. O padre Pereira Figueira, retorna a Pernambuco em 1608, sem grandes sucessos.

Em 1612, sob o comando de Martim Soares Moreno (considerado posteriormente o "fundador" do Ceará), foi construído, às margens do Rio Ceará, o Forte de São Sebastião, local conhecido atualmente como Barra do Ceará (divisa entre os Municípios de Fortaleza e Caucaia).

A colonização portuguesa da região, iniciada no século XVII, foi dificultada pela forte oposição das tribos indígenas e as invasões de piratas europeus. O estabelecimento europeu só tomou impulso com a construção, na embocadura do riacho Marajaitiba, do forte holandês Schoonenborch, que em 1654, foi tomado pelos portugueses e passou a ser chamado Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção. Em volta dessa Fortaleza formou-se a segunda vila do Ceará, a vila do Forte, ou Fortaleza. Depois de muita disputa política entre Aquiraz e Fortaleza, a última passou a ser a capital do Ceará, oficialmente a partir de 13 de abril de 1726 (Data em que se comemora o aniversário da cidade).

Houve duas frentes de ocupação portuguesa do território cearense: a do sertão-de-fora, controlada por pernambucanos que vinham pelo litoral; e a do sertão-de-dentro, dominada por baianos. Graças à pecuária e aos deslocamentos de pessoas das áreas então mais povoadas, praticamente todo o Ceará foi ocupado ao longo do tempo, levando ao nascimento de várias cidades importantes nos cruzamentos das principais estradas utilizadas pelos vaqueiros, como Icó. Ao longo do século XVIII, a principal atividade econômica cearense foi a pecuária, levando muitos historiadores a falarem que o Ceará se transformou em uma "Civilização do Couro", pois a partir do couro se faziam praticamente todos os objetos necessários à vida do sertanejo através de um rico artesanato.

O comércio do charque foi decisivo para a vida econômica do Ceará ao longo do século XVIII e XIX. Com ele passou a existir uma clara divisão do trabalho entre as regiões do Estado: no litoral se encontravam as charqueadas e, no sertão, as áreas para criação de gado bovino. O charque também permitiu o enriquecimento de proprietários de terras e de comerciantes, bem como o surgimento de um pequeníssimo mercado interno local. Durante o auge do comércio do charque, a principal cidade cearense foi Aracati, de onde eram exportadas mas também floresceram outros centros regionais, como Sobral, Icó, Acaraú, Camocim e Sobral. A era do charque finda-se depois das secas de 1790/93, que desvastram o estado e imposibilitaram a continuação da pecuária cearense. Com este evento a produção do charque mudou para o Rio Grande do Sul.

Outras cidades nasceram a partir de aldeamentos indígenas, onde os nativos eram confinados sob o controle de jesuítas, responsáveis por sua catequização e aculturação. Este foi o caso de cidades importantes como Caucaia (outrora chamada Soure), Crato, Pacajus, Messejana e Parangaba (as duas últimas atuais bairros de Fortaleza). Os indígenas cearenses foram, em sua maior parte, massacrados, embora tenham resistido até os dias de hoje. Um dos maiores exemplos de sua resistência foi a Guerra dos Bárbaros, na qual indígenas de diversas tribos (Kariri, Janduim, Baiacu, Icó, Anacé, Quixelô, Jaguaribara, Kanindé, Tremembé, Acriú, etc.) se uniram para lutar contra os conquistadores portugueses, resistindo bravamente durante quase 50 anos.

O Ceará torna-se administrativamente independente de Pernambuco em 1799. Nas décadas anteriores, o cultivo do algodão começou a despontar como uma importante atividade econômica, gerando um período de prosperidade para a capitania. Com a recuperação da cotonicultura dos Estados Unidos da América, o algodão e o próprio Ceará entraram em crise, o que explica o envolvimento de cearenses na Revolução Pernambucana de 1817 e na Confederação do Equador ] Movimentos independentistas e Império.

Carta da Capitania do Ceará, Antônio José da Silva Paulet, 1818.

O século XIX também foi marcado por alguns movimentos revolucionários e conflitos. Em 1817, alguns cearenses, liderados pela família Alencar, apoiaram a Revolução Pernambucana. O movimento, no entanto, ficou restrito ao Cariri e, especialmente, à cidade do Crato, e foi rapidamente sufocado. Em 1824, já após a independência, os mesmos ideais republicanos e liberais apareceram num movimento mais amplo e organizado: a Confederação do Equador. Aderindo aos revoltosos pernambucanos, várias cidades cearenses, como Crato, Icó e Quixeramobim, demonstraram sua insatisfação com o governo imperial. Após choques com o governo provisório controlado pelo Imperador Dom Pedro I, foi estabelecida a República do Ceará em 26 de agosto de 1824, tendo Tristão Alencar como presidente do Conselho que governaria a província. A forte repressão das forças imperiais, no entanto, derrotaram rapidamente o movimento rebelde devido a diversos motivos: a superioridade militar das tropas do governo imperial; a pouca participação popular; as principais lideranças terem sido presas ou mortas.

Outro conflito que se destacou na história cearense foi a Sedição de Pinto Madeira, um violento conflito entre a vila do Crato, liderada por liberais republicanos (com maior destaque para a família Alencar), e a de Jardim, praticamente dominada por Pinto Madeira, de caráter absolutista e autoritário. As duas elites locais disputavam pelo controle político do Cariri cearense. Por fim, os cratenses contrataram o mercenário francês Pierre Labatut e, reagindo com um exército formado por sertanejos humildes, renderam os jardinenses. Pinto Madeira foi julgado sumariamente no Crato, após ser considerado culpado pela morte do liberal José Pinto Cidade.

Também no século XIX, o Ceará sofreu um verdadeiro boom econômico durante o período da Guerra de Secessão (1861-1865) nos EUA, que, afetando a cotonicultura norte-americana, abriu o mercado mundial para o algodão cearense. Foi nesse período que Fortaleza desbancou Aracati do posto de cidade principal do Ceará: o algodão substituía o charque em importância econômica. Porém, a Grande Seca'(1877/78/79), interfere na agricultura do algodão, Fortaleza foi invadido pelas vítimas da estiagem, uma grande parte da população cearense emigra para a Amazônia e assim contribui no boom do primeiro Ciclo da Borracha. E partir desta seca o Ceará passa a ser fator de atenção dentro da política nacional.(junior parnaiba)'Texto a negrito

Depois do outro período de seca o Império iniciou projetos sociais e de infra-estrutura (Açude do Cedro), para amenizar as consequências das estiagens, fato que resultou com criação da Comissão de Açudes e Irrigação (atualmente DNOCS).

Vítmas das secas de 1877/1878, no Ceará - Brasil.

No século XIX, um movimento de grande importância aconteceu no Ceará: a campanha abolicionista, que aboliu a escravidão no estado em 25 de março de 1884, antes da Lei Áurea, que é de 1888. Foi, portanto, o primeiro estado brasileiro a abolir a escravatura. Dentro do Ceará, o primeiro município a abolir a escravatura foi Acarape, que depois do evento, passou a ser chamado de Redenção. O abolicionismo foi favorecido pela pouca importância da escravidão na economia cearense relativamente às outras regiões do Brasil. Contou com o apoio da Maçonaria e até mesmo de grupos formados por mulheres da elite do Estado. Além da pequena quantidade de escravos, quando da campanha abolicionista, muitos escravos eram vendidos para o trabalho em outras províncias com maior demanda de trabalho compulsório. Pela grande dificuldade em atracar navios, devido ao mar bravio, a capital cearense era um péssimo ancoradouro, o que fazia dos jangadeiros um elemento de suma importância para a economia local, já que o embarque e desembarque no porto de Fortaleza tinha que ser feito por meio de embarcações pequenas e insubmersíveis conhecidas como jangadas, e a forte campanha abolicionista, em 1881, convenceu os jangadeiros cearenses a não mais realizar o transporte de escravos para terra firme. Sob o lema "No Ceará não se embarcam mais escravos", o movimento, comandado pelo jangadeiro Francisco José do Nascimento, o "Dragão do Mar", hoje nome de um centro cultural da cidade de Fortaleza, ganhou significativa simpatia da população cearense.

[editar] República Velha

Após a proclamação da República no Brasil, em 1889, o quadro político-econômico do Ceará começou a se transformar. Alguns anos depois, teria início a poderosa oligarquia acciolina, que recebeu esse nome por ser comandada pelo comendador Antônio Pinto Nogueira Accioli, que governou o estado de forma autoritária e monolítica entre 1896 e 1912. A situação de desesperadora miséria e abandono social era uma marca profunda do Ceará nessa época, o que levou ao surgimento de diversos movimentos messiânicos ao longo do século XIX e XX, tendo como líderes religiosos Antônio Conselheiro (que formaria na Bahia o arraial de Canudos), Padre Ibiapina, Padre Cícero, Beato Zé Lourenço, etc. Surgiu também outro meio de escapar da miséria: o cangaço. Muitos homens formaram grupos de cangaceiros que saqueavam vilas, assaltavam e amedrontavam a todos.

Além desses eventos em 1896 começou a ser construida a ferrovia Sobral-Crateus por Antonio Sampaio Pires Ferreira, onde logo se estabeleceria em suas margens a cidade de Pires Ferreira.

O século XX, para o Ceará, foi marcado pelos ciclos de poder dos "coronéis" e por enormes transformações de ordem social e econômica. O século se iniciou no contexto da oligarquia acciolina, comandada, direta ou indiretamente, por Nogueira Accioli de 1896 a 1912. Durante esse período, a família Accioli controlou, literalmente, todas as esferas do poder cearense, desde os altos escalões do Governo estadual até as delegacias.

Então se vivia uma conturbada e violenta campanha eleitoral no Ceará, graças ao Salvacionismo pretendido pelo presidente Hermes da Fonseca, que procurava enfraquecer as oligarquias regionais contrárias ao seu poder. Dentro das política das Salvações, foi lançada a candidatura de Franco Rabelo para o governo, enquanto Accioli apontava como seu candidato Domingos Carneiro. Em Fortaleza, houve uma passeata de crianças em favor de Franco Rabelo, a qual foi repreendida duramente pelas forças policiais, causando a morte de algumas crianças e ferindo outras tantas.

Padre Cícero, importante líder no Ceará do início do século XX

Em consequência, a população fortalezense se revoltou contra o governo, mergulhando a capital em verdadeiro estado de guerra civil durante três dias. Accioli teve, então, que renunciar ao governo cearense, tendo como garantia o direito de permanecer vivo e poder fugir do Estado. Franco Rabelo foi eleito para governar o Ceará logo em seguida, mas acabou sendo deposto por outra revolta, a Sedição de Juazeiro, entre 1913 e 1914.

Juazeiro do Norte era uma cidade recém-emancipada do Crato. Seu surgimento se deveu ao carismático Padre Cícero, que, após ter ficado famoso devido ao suposto milagre da Beata Maria de Araújo (cuja hóstia teria se transformado em sangue), conquistou uma imensa massa de sertanejos pobres e religiosos. Muitos passaram a morar em Juazeiro, de modo que em pouco tempo o local possuía milhares de moradores. Como não tinha o apoio da alta hierarquia católica, Padre Cícero procurou evitar que Juazeiro tivesse o mesmo fim trágico de Canudos e aliou-se ao poder político dos coronéis, posicionando-se ao lado da oligarquia de Nogueira Accioli. Embora mantendo a proximidade com o povo, o padre tornou-se, para alguns, um "coronel de batinas".

Franco Rabelo havia, em pouco tempo, perdido o apoio de muitos políticos que o haviam ajudado a chegar ao poder - a Assembleia Legislativa tentou até mesmo, sem sucesso, votar o impeachment do "salvacionista". Os oposicionistas tentaram, então, convocar extraordinariamente a Assembleia Legislativa em Juazeiro e cassaram o mandato de Rabelo. Este, que tinha ainda bastante apoio em Fortaleza, mandou tropas para Juazeiro do Norte, pretendendo derrotar os golpistas. Os sertanejos, incitados pelo Padre Cícero e pelos coronéis, acreditaram ser aquela uma agressão contra o "Padim Ciço". Iniciou-se um verdadeiro clima de guerra santa em Juazeiro. Após meses de combate, os seguidores de Padre Cícero venceram as tropas de Rabelo e iniciaram uma longa marcha até Fortaleza, obrigando Rabelo a renunciar ao governo cearense.

Após a Sedição de Juazeiro, estabeleceu-se um certo equilíbrio entre as oligarquias cearenses, não havendo mais conflitos militares entre elas. O povo, no entanto, continuou reprimido e sem voz.

[editar] Estado Novo

A situação política no Ceará se modificaria bastante com a Revolução de 1930, que levou ao poder Getúlio Vargas. Durante 15 anos, governaram o Estado interventores do Governo Federal. O primeiro interventor no Ceará foi Fernandes Távora, mas ele governou por pouco tempo, pois continuou com as práticas clientelistas e corruptas da República Velha. Os interventores não tardaram a se acomodar com as elites locais. O quadro político cearense esteve, nesse período, influenciado por duas associações: a Liga Eleitoral Católica (LEC), que, por seus vínculos religiosos e apoio dos latifundiários interioranos, obteve grande penetração no eleitorado cearense e apoiou segmentos fascistas que organizaram a Ação Integralista Brasileira (AIB) no Ceará; e a Legião Cearense do Trabalho (LCT), organização operária conservadora, corporativista, anticomunista e antiliberal (na prática, fascista) que existiu no Ceará entre 1931 e 1937. A LCT, após o exílio de seu líder Severino Sombra por ter apoiado a Revolução Constitucionalista de São Paulo em 1932, foi perdendo poder. Ao voltar do exílio, Sombra abandonou a LCT e fundou a Campanha Legionária, mas não teve sucesso, pois a Igreja prestava agora apoio à AIB e começavam a surgir entidades operárias de esquerda no Estado. Em 1937, por fim, todas as associações de orientação fascista (LCT, AIB e Campanha Legionária) foram extintas pelo Estado Novo de Getúlio Vargas.

Durante a seca de 1915 e, novamente na estiagem de 1932, foram criados campos de concentração no Ceará.[1][2] O objetivo destes, era impedir que retirantes fugindo da seca e da fome, chegassem às grandes cidades. Estes locais de confinamento eram conhecidos como os currais do governo.[3]

Um importante movimento social no período varguista foi o Caldeirão. De forma semelhante a Canudos, ele reuniu cerca de 3 mil pessoas sob a liderança do beato Zé Lourenço, paraibano que chegara a Juazeiro por volta de 1890 e era seguidor de Padre Cícero. Aconselhado por Padre Cícero a se estabelecer na região e trabalhar com algumas das famílias de romeiros, arrendou um lote de terra no sítio Baixa Danta, em Juazeiro do Norte. O sítio prosperou e começou a desagradar a parte da elite, sendo difamado pelos adversários políticos de Padre Cícero. Isso culminou na exigência do dono do sítio Baixa Danta de que os camponeses e o beato deixassem a terra.

Instalando-se no sítio Caldeirão, no Crato, propriedade de Padre Cícero, os camponeses formaram uma pequena sociedade coletiva e igualitária, prosperando tanto que chegaram a vender os excedentes nas cidades vizinhas. O sítio tornou-se, portanto, um "mau exemplo" para os sertanejos e desagradou fortemente à Igreja e aos latifundiários que perdiam a mão-de-obra barata. As difamações culminaram com a acusação de que o beato Zé Lourenço era agente bolchevique! Quando Padre Cícero morreu, em 1934, as terras foram herdadas pelos padres salesianos, e os camponeses do Caldeirão ficaram desamparados. Em setembro de 1936, a comunidade é dispersa e o sítio é incendiado e bombardeado. Zé Lourenço e seus seguidores rumaram, então, para uma nova comunidade. Alguns dos moradores, no entanto, resolveram se vingar e realizaram uma emboscada, matando alguns policiais, o que foi respondido com um verdadeiro massacre de camponeses pelos contingentes policiais (estima-se entre trezentos e mil mortos).

O início dos anos 1940, no Ceará, foi influenciado pela Segunda Guerra Mundial e as implantações decorridoas pelos Acordos de Washington. Em Fortaleza, foi montada uma base norte-americana, mudando os hábitos locais e empolgando a população, que passou a realizar diversos atos, manifestos e passeatas contra o nazismo. O Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia - SEMTA, foi criado e teve sua sede em Fortaleza. Este ralizou uma forte propaganda governamental a qual estimulava os sertanejos a migrar para a Amazônia, onde estes tornariam-se os Soldados da Borracha do Exército da Borracha, isto é, explorariam o látex das seringueiras. Milhares de cearenses emigraram para o Norte, muitos dos quais morreram. Porém, estas mortes não foram em vão, já que, graças aos soldados da borracha e sua mais-valia, os Estados Unidos e Aliados puderam combater os exércitos do Eixo sem os seringais da Ásia para abastecê-los.

A luta contra o nazismo e o posicionamento contraditório do governo brasileiro (uma ditadura de base fascista dentro do País lutando contra regimes autoritários fascistas no exterior) precipitaram a derrocada do Estado Novo. Formaram-se os diversos partidos novos, como a UDN, o PSD, o PCB e o PSP. A UDN e o PSD, partidos conservadores e elitistas, dominariam o cenário político cearense pelas próximas décadas, enquanto o PSP, chefiado por Olavo Oliveira, seria, ao menos nos anos 1950, o "fiel da balança" nas disputas eleitorais. O primeiro governador após a redemocratização foi Faustino Albuquerque, da UDN. Vale lembrar que, apesar de todas as transformações políticas, o Ceará era então um dos locais mais miseráveis do Brasil.

[editar] República Nova

O período de República Nova no Ceará tem início com a eleição de Faustino de Albuquerque pela UDN. Durante seu governo, nas eleições de 1950, o candidato udnista a presidência, Eduardo Gomes, obteve a maior votação colocando Getúlio Vargas em 3º colocado no estado.[4] Para a direção do governo estadual é eleito Raul Barbosa que foi um dos resposaveis, junto com os parlamentares cearenses, pela campanha de obtenção da sede do Banco do Nordeste do Brasil, fundado em 1952, para Fortaleza. No mesmo ano o governo federal inaugurou oficialmente o Porto do Mucuripe. Em seu entorno foram instalados usinas termoelétricas para dotar Fortaleza de energia elétrica em abundância.

Durante a década de 1950 surgiram ou se fortaleceram vários dos maiores grupos econômicos do Ceará: Deib Otoch, J. Macêdo, M. Dias Branco, Grande Moinho Cearense e Edson Queiroz. Paulo Sarasate foi o terceiro governador eleito no período. Ainda na década de 1950 tem início uma nova onda migratória para vários estados e regiões. Em uma década, entre 1950 e 1960, o estado decaiu a taxa de representação da população brasileira, de 5,1% para 4,5%.[5] Em 1955 a cearense Emília Barreto Correia Lima foi eleita Miss Brasil.

Em 1958 foi eleito Parsifal Barroso que teve a ajuda do governo federal para combater as mazelas decorrentes de secas, sendo a principal obra o Açude Orós inaugurado em 1961. Em Fortaleza foi inaugurado o Cine São Luis. O governador inicia a construção da nova sede do governo, o Palácio da Abolição, em 1962 e no mesmo ano é criado o Banco do Estado do Ceará (BEC).

Em 1963 Virgílio Távora foi eleito governador do Ceará. Seu mandato foi até o fim em 1966, mesmo com o surgimento da Ditadura militar em 1964. Seu governo foi marcado pela criação do "PLAMEG I" - Plano de Metas do Governo que visou a modernização da estrutura do estado com a ampliação do porto do Mucuripe e a transmissão da energia de Paulo Afonso. Foram criados ou instalados também em seu governo o Distrito Industrial de Maracanaú, o BEC, a CODEC e da Companhia DOCAS do Ceará. Com o AI-2, Virgílio aderiu à ARENA, e seu vice Figueiredo Correia ao MDB.

Governo militar

Plácido Castelo foi eleito pela Assembléia Legislativa em 1966. Durante seu governo houve perseguição política a deputados e várias manifestações com a prisão e tortura de estudantes e trabalhadores, tendo ocorrido inclusive atentados a bomba em Fortaleza. Criado o BANDECE e a pavimentação da rodovia CE-060, a rodovia "do algodão". Também tem início as obras do estádio Castelão.

Durante o governo de César Cals se sucedeu o auge da repressão militar. Vários cearenses de esquerda estiveram envolvidos na Guerrilha do Araguaia. Cals procurou governar tecnocraticamente, formando sua própria facção política rompendo com Virgílio Távora. Seu sucessor, Adauto Bezerra (mandato de 1975 a 1978) não acontecem grandes mudanças. Adauto volta-se politicamente para o interior com a criação de uma secretaria de assuntos municipais. Renuncia seu mandato para se eleger deputado federal. O vice-governador Waldemar Alcântara toma posse e termina o mandato.

Vista do litoral de Fortaleza na década de 1980 vendo-se o monumento ao Interceptor oceânico.

Virgilio Távora retorna ao governo em 1979 sendo o último eleito indiretamente e resgata seu primeiro governo com a criação do PLAMEG II. Inicia a industrialização da região noroeste do Ceará e cria o PROMOVALE (projetos de irrigação) e sua esposa, a primeira dama Luiza Távora implementa projetos sociais como a Central de Artesanato do Ceará. Seu governo foi marcado pela ausência, quase que total, de oposição na Assembléia, nomeações aproximadas de 16.000 pessoas para cargos públicos e várias greves.

Gonzaga Mota foi eleito pelo voto popular tomando posse em 1983 e rompe com os coronéis anteriores para criar seu próprio grupo político. Seu rompimento rendeu-lhe ataques do regime militar com a suspensão de verbas federais.

Nova República

A Nova República começa no Ceará com a eleição de Maria Luiza para o cargo de prefeita de Fortaleza em 1986. Foi a primeira prefeita de capital estadual eleita pelo Partido dos Trabalhadores e o primeiro político do sexo feminino a ser eleito para esse cargo após o regime militar. A insatisfação com a política praticada durante a ditadura militar e o movimento de redemocratização impulsionam as transformações no poder político, com a decadência da hegemonia tradicional do coronelismo.[6]

Gonzaga Mota deixa o governo com pagamentos atrasados ao funcionalismo e descontrole nas contas públicas,[7] mas seu candidato, o empresário Tasso Jereissati, consegue se eleger com a promessa de modernizar a administração pública, afastando-se do clientelismo dos governos anteriores; promover a austeridade fiscal; e desenvolver a economia estadual. A nova gestão passa a se autodenominar "Governo das Mudanças".[8] Nas duas décadas seguintes, Jereissati e seus aliados passam a deter a hegemonia política no Estado, e rapidamente perdem a aliança com partidos mais à esquerda, como o PT e o PCdoB.[6]

Ciro Gomes, então prefeito de Fortaleza, se candidata em 1990 ao cargo de governador com o apoio de Tasso e é eleito. Com a abertura do mercado brasileiro, o Ceará recebe os primeiros carros importados da marca russa Lada. Os "Governos das Mudanças" priorizam o aumento dos investimentos públicos e privados em infra-estrutura e nos setores industrial e de serviços, enquanto o agropecuário permanece à margem. Politicamente, há uma relativa diminuição de poder dos "coronéis", com ampliação do poder do grande empresariado. O saneamento das contas estaduais - atingido, em parte, pela diminuição das despesas com o funcionalismo público através de demissões e achatamentos salariais - garantem superávits entre 1988 e 1994, mas com a consolidação do Plano Real volta-se a uma predominância de déficits.[7]

O Estado se beneficia também da guerra fiscal que então se iniciava, o que, somado à mão-de-obra barata, atrai várias indústrias, as quais se concentram em algumas poucas cidades. O crescimento médio do PIB, de 4,6%, é superior à média nacional e nordestina nos anos 1990, continuando a tendência iniciada na década de 1970. As ações do governo, aliado aos esforços do empresariado local, e os incentivos de instituições de grande importância na história econômica recente do Ceará, como o BNB e a Sudene, foram determinantes para tal desempenho.

O forró eletrônico se populariza na década de 1990, e o Ceará começa a despontar, seguindo a tendência do litoral nordestino, como um grande pólo de turismo no Brasil. Ao longo dos anos 1990, com ações como o Programa de Saúde da Família (PSF), o Estado também realiza grandes avanços na redução da mortalidade infantil. A migração em direção a Fortaleza segue forte, tendo em vista o persistente atraso do interior em comparação com o forte crescimento da capital.[9] A segurança pública torna-se muito mais problemática entre 1990 e 2003, com a taxa de homicídios subindo de 8,86 para 20,15 por 100 mil habitantes, um aumento de 127%.[10]

Tasso é eleito novamente em 1994 e reeleito em 1998, concentrando os esforços governamentais na construção e reforma de grandes obras, como a construção do Porto do Pecem, o novo Aeroporto Internacional de Fortaleza, o Açude Castanhão e o início das obras do Metrofor. O terceiro "Governo das Mudanças" (1994-1997) se caracteriza pela privatização de empresas estatais e extinção de outros órgãos, e pelo seguimento de políticas de inspiração neoliberal, com enxugamento da máquina administrativa, racionalização dos investimentos, aumento de taxas de contribuição da aposentadoria, etc.[7]

Contudo, apesar de vários avanços na saúde e educação básicas e do crescimento econômico estável, a chamada Era Tasso não alterou a estrutura socioeconômica problemática do Ceará, em especial a ausência de distribuição de renda, o que foi duramente questionado;[6] a má distribuição fundiária; a enorme disparidade regional (sobretudo entre a capital e o interior); a parca infra-estrutura fora da Região Metropolitana; e os altíssimos níveis de pobreza - em 1999, segundo o Banco Mundial, cerca de metade dos cearenses viviam abaixo da linha de pobreza.[7] No início do século XXI, consolida-se a tendência de queda na tradicional emigração de cearenses, que, no período 2001-2006, reverte-se para um saldo positivo de 38,3 mil pessoas, o que se atribui à melhoria das condições de vida e à maior estabilidade proporcionada por programas sociais, que permitiram a fixação do pobre cearense em sua terra e o retorno de parte dos emigrantes.[11]

Lúcio Alcântara, eleito com o apoio de Tasso continua, em linhas gerais, o modelo político dos governos anteriores, mas não recebe apoio do próprio partido e não consegue se reeleger em 2006, rompendo com o o PSDB e mudando para o Partido da República após deixar o cargo. Cid Gomes, do PSB e ex-prefeito de Sobral, alcança o cargo de Governador, pondo fim à longa hegemonia do PSDB no Estado e sinalizando um movimento rumo à oposição na política estadual, já demonstrado com a vitória de Luizianne Lins, do PT, na capital, que se elegera em 2004 mesmo sem apoio real do partido, que, devido às alianças partidárias nacionais, apoiara o candidato Inácio Arruda.[12] Em 2008, Luizianne Lins é reeleita.

FONTE:história_do_ceara

prédio do banco do brasil

Iniciada a construçao em 1940 foi concluida em 1941 , pelo engenheiro leão ribeiro , foi a quarta sede do banco do brasil em fortaleza ,repreesntou como a construçao dos edificio mais modernos ocupados por uma agência do banco do brasil no nordeste . localização:rua florino peixoto ,s/n praça waldemar falçao .
FONTE: Catalago de turismo de fortaleza

POSTADO POR : ARIANE

antigo banco frota gentil

Projeto de autoria do engenheiro cearense João Sabóia,edificfação construida em 1925,em arquitetura eclética frontão na platibanda, colunas dóricas no térreo e corintios na parte superior e balcão com balaustrada.Abrigou inicialmente a firma Frota & Gentil de propriedade do coronel José Gentil.Em 1934 transformou-se em banco Frota & Gentil,que funcionou até a década de 60.Atualmente funciona a agência do Unibanco.

Localização:Rua floriano Peixoto,326 centro.
Sinderlândia e Marcos

Vila Das Artes

Rua: 24 de maio , 1221 - Centro

A vila das artes é um complexo cultural voltado Produção. difusão e formação em torno das diversas linguagens artisticas. Composta por três edificaçãoes.
teve seu primeiro bloco inaugurado em outubro de 2008 .
Reunido em um mesmo espaço fisico as escolas de audiovisual e dança.
além do nucleo de produção digital.
blibioteca e videoteca.
Ésta no coração do centro da cidade.
sendo peça chave no processo de redificação da área, encampado pela prefeitura Municipal de Fortaleza.

Fonte: Série paisagens da Cultura. ( prefeitura de Fortaleza )

Postado Por: Alêssandra Lima. & Caroline Gadelha.

Palacete ceará

Inagurado em 1914, o palacete Ceará fucionou como ponto de encontro da sociedade fortalezenses. Abrigou o Rotisserie Sportman e o Clube Iracema. Em 1955 o prédio foi adi querido pela Caixa Economica Federal, onde ainda hoje é mantida uma agência. Passou por reformas em 1977. A construção sofreu um inêcendio em 1982, sendo sua restauração concluída em 1984. Localização:Rua Guilherme Rocha, 48 centro. Tombamento Estadual.
FONTE:Catalogo de turismo de Fortaleza
Postado por:Fernanda, Andreza, Hanah, Alêssandra, Carol.

SECRETARIA DE CULTURA DE FORTALEZA

RUA PEREIRA FILGUEIRAS, 04-CENTRO
FOTO:GUSTAVO PELLIZZON
FORTALEZA-CEARÁ-BRASIL
2008


A secretaria de cultura de fortaleza (secultfor) é a
primeira da história da capital e foi criada através da lei
0054 de 28 de dezembro de 2007, na gestão da prefeitura
luizianne lins.

FONTE: SÉRIE PAISAGENS DA CULTURA
PREFEITURA DE FORTALEZA.

POSTAGEM FEITA POR: ingrid thais e valeska.

Theatro José de Alencar

O Theatro José de Alencar foi inaugurado OFICIALMENTE no dia 17 de junho de 1910, com a banda Sinfônica do Batalhão de Segurança, regida pelos maestros Luigi Maria Smido e Henrique Jorge.na praça, Rodas de fogo, morteiros, foguetes e ginândolas num verdadeiro milagre pirotécnico, Abrilhantavam a festa João Gabriel e Luana

PAÇO MUNICIPAL

Rua:São Jose,s/n-centro
foto:Gustavo Pellizzon
secretaria de cultura de Fortaleza
Fortaleza-Ceará-Brasil
2008


A lei 9347, que dispõe sobre a proteção do patrimônio
histórico-cultural e natural de Fortaleza, sancionada
pela prefeitura Luizianne Lins em 11 de março de 2008.
Por extenção, o Conselho Municipal de Proteção ao
Patrimônio Histórico -Cultural (COMPHIC) voltou a atuar
como instância consutiva e deliberativa. Entre 2006 e
2008,27 processos de tombamento foram abertos em
Fortaleza ,sendo que oito já estão concluidos . O Palácio
João Brigido e o bosque do entorno, que integram o Paço
Municipal, estão entre os bens tombados na gestão
Luizianne Linns.

Fonte:Série Paisagens Da Cultura

Postagem feita por:Graziela.

Editais das Artes

Praça General Tibúrcio ou Praça Dos Leões, Anos 20/30
Foto:Arquivo Nirez
Secretaria de cultura de Fortaleza
Fortaleza-Ceará-Brasil
2008.

Os editais das artes geraram seleção públicas de projetos artísticos que concorreram entre si para contar com o apoio financeiro da Prefeitura Municipal de Fortaleza. Entre 2006 e 2007, o número de editais cresceu de sete para dez, assim como o investimento, de dois para três milhões de reais. O Arquivo Nirez, do pesquisador Miguel Ângelo de Azevedo, guardião da memória iconográfica da cidade, é um dos contemplados.

Fonte: Série Paisagens da Cultura..

Publicado por: Carlos Eduardo.....

quarta-feira, 7 de março de 2012

Ponte Metálica




PONTE METÁLICA

Localizada em Fortaleza, a ponte situa-se numa área na qual por diversas vezes existiu a construção de trapiches. O primeiro que se sabe foi um trapiche datado dezembro de 1804.
Depois foram construídos outros trapiches, dos quais o chamado trapiche do Ellery, construído pelo inglês Henry Ellery, provavelmente no ano de1844foi o mais famoso.
Em 21 de junho de 1857, foi concluído um terceiro trapiche, sendo seu construtor Fernando Hitzshky. este trapiche mediu 154 metros de comprimento por 17,60 metros de largura.
No século XIX, Fortaleza desenvolveu-se muito como cidade, e ainda ainda não possuía um porto para exportar produtos como algodão e café.
Isto impulsionou muitos estudos e projetos. O mais conhecido é de Charles Neate, datado de 1870, o qual incluía a construção de um quebra-mar, um canal, um porto, uma ponte de acesso ao litorial.
Em 1875, Sir John Hawkshaw, agilizou esta idéia e a construção de um quebra-mar de 670 metros de comprimento, no antigo porto, ligado ao litoral por uma ponte de acesso. Este ainda projetou a construção do Prédio da Alfândega de Fortaleza e armazéns de depósitos no ancoradouro (iniciados em 1833 e finalizados em 1891), bem como a ligação do porto com a Estação Central de Fortaleza,da Estrada de Ferra Baturité, e um canal de grande profundiade(o canal do Barreta).
Em 1883, a empresa inglesa "Ceara Harbour Corporation Limited" iniciou as construções da futura estrutura portuária de Fortaleza. Neles também estava incluído o prédio da Alfândega. Porém a construção do quebra-mar iniciou-se somente em 1887, devido às grandes dificuldades para obtenção da pedra necessária às obras e acumulo de areia causada pela ação dos ventos, na bacia abrigada pelo quebra-mar.
Em 1897, essas obras foram suspensas, quando o quebra-mar já alcançava 432 metros. Devido ao fracasso do plano Hawkshaw, as condições de serviço de embarque e desembarque no antigo porto tornaram-se intoleráveis para os viajantes e para o comércio. Mas mesmo assim o café de Baturité continuou a ser expotado deste porto.
A estrutura da Ponte Metálica contava ainda com o Pavilhão Atlântico de Fortaleza, que era um prédio que servia de sala de espera e restaurante para os passageiros em trânsito ou que iriam embarcar.
Em 18 de dezembro de 1902,teve início a construção da Ponte Metálica, com estrutura de ferro e piso de madeira e havendo sido inaugurada a 26 de maio de 1906. A responsabilidade e direção coube ao engenheiro Hildebrando Pompeu (cearense) e Robert Grow Bleasby (escocês).
Devido ao comprometimento da estrutura metálica a mesma foi reconstruída em concreto, pelo engenheiro Francisco Sabóia de Albuquerque, sendo reinaugurada no dia 24 de fevereiro de 1929, com o nome de 'Viaduto Moreira da Rocha. Isto em homenagem ao Des. Moreira da Rocha, então Presidente do Ceará.
Em 1920 foi aprovado o famoso projeto de Lucas Bicalho, Inspetor Federal de Portos, Rios e Canais. Um plano de melhoramentos a estrutura portuária de Fortaleza, que chgous ser realizado, mas não fianlizado. Este é a famosa Ponte dos Ingleses.
Entre 1943 e 1945 este foi o centro de transporte dos Soldados da Borracha para a Amazônia, atividade organizada pelo SEMTA.

sábado, 5 de novembro de 2011


PRAÇA DA SÉ - HOTEL CENTRAL



A foto antiga é de antes de 1908 e foi colhida do "Álbum de Vistas do Ceará - 1908" publicado por iniciativa da firma Boris Frères & Cia., que o mandou imprimir em Nice, França. Foram dois álbuns, um maior, vertical, e outro menor, horizontal.
O prédio ainda existe quase da mesma forma. Foi outróra o Hotel Central e depois abrigou várias repartições estaduais, entre elas o Departamento de Estatística, a Codagro - Posto de Revenda. Hoje lá está a Febemce.
autora:Leila Maia

HISTÓRIA DO MUSEU DO CEARÁ


O Museu do Ceará foi a primeira instituição museológica oficial do Estado, criada por decreto em 1932, mas aberto oficialmente ao público em janeiro de 1933, com a denominação de Histórico Museudo Ceará. Inicialmente foi concebido como uma das dependências do Arquivo Público, situado na rua 24 de Maio, nº 238, no centro de Fortaleza. No início de 1934, o Arquivo e o Museu foram transferidos para a Avenida Alberto Nepomuceno, nº 332, em frente à Praça da Sé. Hoje esses edifícios já não existem mais. Sua principal missão é promover a reflexão crítica sobre a História do Ceará por meio de programas integrados de pesquisas museológicas, exposições, cursos, publicações e práticas pedagógicas.
Em 1951, o Arquivo foi deslocado para as áreas térreas do Palacete Senador Alencar, onde funcionava a Assembléia Legislativa, e o Museu se manteve no edifício da Praça da Sé até 1957, sob a tutela do Instituto Histórico do Ceará, que se transferiu para o local. Tal iniciativa governamental tinha por finalidade dotar o Instituto de instalações mais adequadas para as suas atividades e também reestruturar o Museu. Reformas foram empreendidas e novas peças foram agregadas ao seu acervo - notadamente as das coleções indígenas do antigo Museu do Instituto (organizado em 1940 por Pompeu Sobrinho) e do Museu Rocha (compradas em 1953) - para a montagem de futuras exposições. As aquisições acabaram dando uma feição diferenciada à Instituição, que em 1955 reabre com nova denominação: Museu Histórico e Antropológico do Ceará.
No terreno onde estava instalado, o Governo Paulo Sarasate resolveu construir o Fórum Clóvis Beviláqua, transferindo o Museu para a Avenida Visconde do Cauype, nº 2341. Lá ficou até 1967, quando a Universidade Federal do Ceará solicitou a edificação para ampliar as dependências da Faculdade de Economia, prometendo em contrapartida um prédio na Rua Barão do Rio Branco, n. 410 (hoje sede do Instituto Histórico). O Museu ainda seria deslocado mais duas vezes: no ano de 1971, para a Avenida Barão de Studart, nº 410 (onde atualmente está o Museu da Imagem e do Som); e em 1990, para a Rua São Paulo, nº 51, onde ganhou o nome de Museu do Ceará e se mantêm até a presente data.
Ao longo desse percurso de mais de setenta anos de existência, o Museu do Ceará passou pelas mãos de vários administradores, saiu da tutela do Instituto Histórico e foi vinculado à Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (SECULT) em 1967. Hoje a Instituição se encontra num imóvel de significativo valor histórico, denominado Palacete Senador Alencar, idealizado originalmente para ser a Assembléia Provincial do Ceará, na época do Brasil-Império. Suas obras se iniciaram no ano de 1856 e foram concluídas em 1871, sendo tombado como Monumento Nacional pelo IPHAN em 28/02/1973. O edifício ainda mantém suas características arquitetônicas originais. Seu estilo neoclássico é expresso principalmente através das colunas, janelas e frontão triangular. Nas proximidades está o Palácio da Luz (atual Academia Cearense de Letras), a Igreja do Rosário e a Praça General Tibúrcio (mais conhecida como Praça dos Leões) Essas construções formam um importante conjunto arquitetônico da capital cearense, localizado numa área de grande densidade histórica e turística.
Adaptado para o funcionamento do museu, o imponente edifício, que em si mesmo já é uma peça museológica, abriga uma exposição de longa duração aberta em 1998 e espaços de exposições temporárias que percorrem vários temas da História do Ceará, o Memorial Frei Tito (aberto em 2002), a sala Paulo Freire (criada em 2001 para receber os visitantes e sediar seminários, cursos etc), a Reserva Técnica, a sala do Núcleo Educativo, a sala da administração e biblioteca.
O Museu do Ceará possui um acervo bastante variado, resultado de compras e, sobretudo, de doações de particulares e instituições públicas. Entre moedas e medalhas, há quadros, móveis, peças arqueológicas, artefatos indígenas, bandeiras e armas. Há também peças de “arte popular” e uma coleção de cordéis publicados entre 1940 e 2000 (950 exemplares). Alguns objetos se referem aos chamados “fatos históricos”, como a escravidão, o movimento abolicionista e movimentos literários, como a famosa “Padaria Espiritual”, que entrou para a História da Literatura Brasileira com especial destaque. Trata-se de um acervo com mais de sete mil peças, que atualmente é trabalhado como veículo de reflexão sobre a Historia local integrada à História do Ceará, em seus aspectos culturais, econômicos e sociais. Muitas peças estão em exposição, organizadas em salas temáticas.
Além de concentrar um dos maiores e mais importantes acervos do Estado, o Museu do Ceará promove cursos, oficinas, palestras e publicações na área de museologia e História, visitas orientadas e capacitação para professores, destacando-se como um núcleo de ações educativas em parceria com a Universidade Federal do Ceará. Sua política cultural está consoante com os princípios da pedagogia de Paulo Freire. Tal projeto de atuação procura atender ao público diversificado que vai ao Museu: pesquisadores, estudantes da educação básica e superior, visitantes de Fortaleza e turistas do Ceará, do Brasil e de outros países. Especial atenção é dada ao trabalho com as visitas orientadas.
Com base na atual Política Nacional de Museus, a Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, por meio do Museu do Ceará, passou a coordenar a criação e o funcionamento do Sistema Estadual de Museus, ampliando as referidas atividades que atualmente desenvolve, a fim de contribuir também para a qualificação dos profissionais dos espaços museológicos do Ceará.
Todas as atividades mencionadas vêm consolidando o Museu do Ceará como um significativo espaço de educação, cultura e lazer, tal como se entende nos fundamentos científicos e éticos da museologia contemporânea, transformando-se numa referência regional.
http://www.secult.ce.gov.br/publicacoes/publicacoes-do-museu-do-ceara

Passeio Público...Fortaleza...

A praça foi planejada na década de 1820 por Silva Paulet. Durante o governo de José Félix de Azevedo e Sá a área foi cuidada e nesta época houve a execução dos revolucionários da Confederação do Equador: Azevedo Bolão, Feliciano Carapinima, Francisco Ibiapina, Padre Mororó e Pessoa Anta, que foram executados naquele local em 1825.
Em todas as plantas de Adolpho Herbster houve menção a futura praça que em 1864, o então governador da província encomendará ao Engenheiro da Província os orçamentos das obras.
Passeio Público em 1919.
Construída em 1890 em estilo neoclássico, a praça foi reformada em 1940 nos moldes do Passeio Público do Rio de Janeiro.
O logradouro foi palco das primeiras partidas de futebol do estado, disputadas por marinheiros de navios ancorados no porto da cidade, ingleses residentes em Fortaleza e cearenses da classe alta.
Foi tombada pelo IPHAN em 13 de abril de 1965. Em setembro de 2007 teve início a última restauração da praça realizada pela Prefeitura de Fortaleza através da FUNCET com o apoio da Casa Cor no Ceará. Na ocasião de entrega da restauração, no dia 6 de
que realizaram um pesquisa sobre a praça e ajudaram nos trabalhos de resgate da história do Passeio Público

Santa Casa de Miséricordia...


O Hospital foi inaugurado em 1861, a princípio com 80 leitos, tinha como mantenedora a Irmandade Beneficente da Santa Casa da Misericórdia de Fortaleza. O Dr. Joaquim Antônio Ribeiro foi o primeiro médico nomeado para trabalhar na Santa Casa, em 12 de março de 1861. Formado em medicina pela Universidade de Harvard em 1853.
No começo do século XX a Santa Casa de Fortaleza enfrentou a grande calamidade pública que foi a seca de 1915 que passou a atender uma grande massa de retirantes sofrendo das mazelas da seca. Dez anos depois da grande seca, a Santa Casa passou a se firmar como um hospital de alta tecnologia ao ser o primeiro no estado a introduzir o serviço de radiologia ao inaugurar no dia 29 de junho de 1925 aparelho de Raios X.
Em 1961, a Santa Casa de Fortaleza completou 100 anos e contava então com 300 leitos tornando-se então um hospital de grande porte. Na década de 1970 passou por modificações em seus estatutos quando foi desligado da Arquidiocese de Fortaleza. Em março de 1971 foi inaugurado um centro cirúrgico que em pouco tempo fez com que fosse o hospital a realizar o maior número de cirurgias em todo o Ceará.
Fonte: www.google.com.br

Praça José de Alencar


O século passado encontrou a atual Praça José de Alencar com o nome de Praça Marquês, do Herval e logo no inicio (1903) houve nela uma reforma que lhe deu quiosques, bancos, coreto, caixa d'água, catavento e jardins que ganharam o nome de Nogueira Accioli.
Do lado da Rua das Trincheiras (atual Rua Liberato Barroso), ficavam, do nascente para o poente: o Batalhão de Segurança (Policia) e a Escola Normal Pedro II, que podem ser vistos na primeira foto, que data de 1904.
Depois, parte do Batalhão de Segurança foi cedida para construção, a partir de 1908, do Teatro José de Alencar, inaugurado em 1910. Decorrido algum tempo o prédio do batalhão foi ocupado pela Escola Aprendizes Artífices, enquanto o da Escola Normal passou a abrigar o Grupo Escolar Norte da Cidade e depois o Grupo José de Alencar.
Quando a Escola Aprendizes Artífices mudou-se, o prédio foi demolido e em seu local foi construído o prédio da Diretoria de Saúde, depois Centro de Saúde, que vemos na segunda foto, quando já existia o edifício do Lord Hotel. No prédio da antiga Escola Normal passaram a funcionar as faculdades de Farmácia e Odontologia, Medicina e depois o Sphan (Pró-memória), que hoje é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.
Fonte: http://www.ceara.pro.br/fortaleza/Pracas/dsc-herval1.htm